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Notícias

3 de março de 2015

Caminhoneiros propõem ao governo redução de PIS/Cofins e tabelamento de frete

Caminhoneiros chegam de diversos mnicípios brasileiros para manifestação em Brasília
Caminhoneiros chegam de diversos mnicípios brasileiros para manifestação em Brasília

 Representantes dos caminhoneiros apresentaram em Brasília, nesta terça, dia 3, uma pauta de reivindicações ao ministro chefe da Secretaria Geral da presidência da República, Miguel Rossetto.

Entre as propostas, estão a redução do percentual do último aumento de PIS e Cofins sobre o óleo diesel e a definição, por parte do governo, de uma tabela mínima de frete a ser levada para as discussões marcadas para o dia 10 de março com o Ministério dos Transportes.

Os representantes levaram as reivindicações a Rossetto após um almoço com parlamentares da bancada ruralista do Congresso Nacional e da Frente Parlamentar de Transporte e Logística.

Os parlamentares são favoráveis à categoria e planejam pressionar o governo paras que os pedidos sejam atendidos.

– As demandas do governo estão dentro do Legislativo para serem votadas. Se nós pudermos, (vamos) usar esse mecanismo como pressão também com relação às próprias decisões que o governo quer que nós tomemos no plenário da Câmara dos Deputados – disse o deputado federal e membro da Frente Parlamentar da Agropecuária Luiz Carlos Heijnze (PP-RS).

Propostas

As reivindicações dos caminhoneiros também incluem a abertura de linha de crédito especial para o Transportador Autônomo de Cargas (TAC) no limite R$ 50 mil, com carência de três meses, 24 meses para pagar, com juros de 2,5% ao ano.

Pedem ainda carência de 12 meses para pagamento das parcelas do financiamento para cada conjunto (caminhões, carretas e semirreboques), até o limite máximo de três conjuntos dos contratos em vigor, independentemente da modalidade contratada (PróCaminhoneiro, Finame e outros) dos Transportadores Autônomos de Cargas (TAC) e Empresas de Transportes de Cargas (ETC), observados os prazos de contratos originais e sem juros.

Os representantes também querem reserva de mercado para 40% de lotes de propriedade do governo, para que sejam transportados por autônomos, através de suas cooperativas. Além disso, querem o perdão de multas e notificações e a manutenção de um foro permanente de debates para discutir as demandas originadas na paralisação nacional.

Buzinaço

A Polícia Militar do Distrito Federal estima que cerca de 100 caminhoneiros cheguem a Brasília até o fim desta terça para o protesto pela redução do preço do óleo diesel. O grupo, no entanto, não deve fazer "buzinaço" na Esplanada dos Ministérios até que as conversas com o governo e com estejam encerradas.

Pela manhã, um grupo pequeno foi recebido por deputados na Comissão de Direitos Humanos. O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) disse que está tentando uma audiência com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, mas até o momento, segundo ele, não houve retorno.

– Por enquanto, estamos reunindo as reivindicações dos caminhoneiros para depois defender a pauta deles junto ao governo. A principal reivindicação ainda é a redução do preço do óleo diesel – afirmou o deputado.

Alceo Tramujos Neto, 41 anos, está com o caminhão parado próximo ao Estádio Mané Garrincha. Residente em Pitanga, no Paraná, dirigiu 1.318 quilômetros até Brasília.

– Os deputados vieram aqui pela manhã (acampamento no Estádio) e disseram que vão apresentar uma proposta de redução do imposto do óleo diesel – relatou. Questionado por que o movimento não tem líderes ou um sindicato que o represente, afirmou que não queria ser enganado.

– Em outras ocasiões os sindicatos nos traíram. O pessoal do sindicato não é mais caminhoneiro, eles estão há anos fora das estradas – argumentou.

Apoio da população

Os caminhoneiros em Brasília disseram ainda que chegaram ao Distrito Federal com apoio da população das suas cidades.

– A população está nos apoiando. Em Joaçaba (SC) conseguimos juntar R$ 5 mil para custear o trajeto. Quando viemos de lá para cá, a cidade parou para a nossa carreata. Foi lindo ver aquele povo todo dando apoio - afirmou Gilberto Bandeloff, 48 anos. Segundo ele, na segunda, dia 2, correram boatos de que eles iriam fechar as entradas de Brasília e que, por isso, a polícia iria segurar a entrada de caminhões.

– Isso era mentira. Nós temos responsabilidade, não íamos travar isso aqui tudo – disse ao apontar para o Eixo Monumental, uma via com seis faixas e trânsito intenso na capital federal.

– Estamos perdendo dinheiro parados, com essas manifestações, mas perdemos mais se a gente trabalhar – afirmou.

A Polícia Militar do Distrito Federal informou que o Batalhão de Trânsito está de prontidão para intervir nas vias de Brasília se for necessário. Tropas de choque também estão preparadas, mas em seus respectivos batalhões, à espera de ordens.

– Por enquanto está tudo tranquilo. Nada indica que haverá confusão. Conversamos com muitos caminhoneiros porque não há uma liderança e eles foram unânimes ao garantir que não vieram para bloquear vias ou causar problemas – afirmou o tenente-coronel Evaldo Soares.

FONTE CANAL RURAL

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