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Notícias

22 de julho de 2014

Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho

Brasil registra média de sete mortes por dia. No Estado o índice é de um óbito a cada dois dias. Para especialista falta estratégia e informação para erradicar acidentes de trabalho.

 

27 de julho - Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho – nada mais emblemático do que a reflexão: se a economia cresce é essencial que a segurança e saúde no trabalho estejam anexadas às medidas de geração de emprego e renda – no que se refere à avaliação dos riscos e do gerenciamento de empregos. Dados divulgados no primeiro semestre pelo Ministério da Previdência Social traçam uma realidade nefasta: a cada dois dias, uma pessoa morre, em média, em decorrência de acidentes de trabalho no Rio Grande do Sul (ocorreram 55.013 acidentes com trabalhadores, que resultaram em 166 mortes). No Brasil, a média é de sete mortes por dia: 2.731 em 705.239 casos. O levantamento do Ministério da Previdência Social refere-se ao cumulativo do exercício de 2012 em todo País.

Na comparação com o ano anterior o número de acidentes computados no Estado apresentaram queda de 5% (foram 57.905 casos em 2011). O número de mortes também caiu 3% no Estado. Para a especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e Gerenciamento Ambiental, engenheira Maria Regina Pereira Buss – diretora da Mareg Engenharia de Segurança – mesmo com a redução, as estatísticas ainda são alarmantes.

 

Ranking Indigesto

A Organização Internacional do Trabalho – OIT - coloca o Brasil em quarto lugar no ranking mundial de países com alto índice de acidentes trabalhistas, atrás apenas de China, Estados Unidos e Rússia. A OIT ainda aponta o grau de descumprimento das normas de proteção para os funcionários como o principal fator gerador de acidentes no País.

 

Como é o ambiente de trabalho? Existe proteção coletiva? O funcionário conta com equipamentos de proteção individual? Este possui treinamento de segurança para desenvolver sua atividade?

 

De acordo com a especialista, em primeiro lugar é imperativo deixar de classificar o acidente à fatalidade, infortúnios ou até mesmo culpa do trabalhador. O mesmo conta com treinamento e está munido de equipamentos de segurança adequados? Tudo isso deve ser avaliado.

 

Perfil das vítimas e setores de maior ocorrência

De acordo com a Previdência, os segmentos onde se dão mais acidentes são: serviços, comércio e reparação de veículos automotores, saúde e serviços sociais e construção civil. Já os membros superiores são os mais afetados em acidentes - lesões em mão e punhos, que totalizam 35% dos casos. Além disso, cerca de 70% dos casos envolvem homens, com idades entre 25 a 29 anos.

 

O que não está nas estatísticas?

Segundo a engenheira, a verdade é mais grave do que se imagina. Na medida em que a Previdência registra apenas situações que envolvam trabalhadores devidamente registrados – ou seja, 50% da população economicamente ativa, desconsidera a informalidade e os autônomos.

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