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9 de setembro de 2016
Famílias indígenas têm local próprio para passar a noite
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) alertou a prefeita Teodora Lütkemeyer sobre a presença de crianças indígenas esmolando junto ao semáforo, no cruzamento das avenidas Alto Jacuí e Waldomiro Graeff. Na manhã de quarta-feira (24), profissionais do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e a prefeita, receberam dois colaboradores da Coordenadoria Regional da Funai de Passo Fundo.
A preocupação social e de segurança não passa apenas pelas crianças, que esmolam ainda enfrente aos supermercados e restaurantes, mais também pela família composta por mulheres e até bebês de colo. Segundo o coordenador regional da Funai, Alberto Perin, informações são e serão transmitidas aos caciques das tribos para evitar que isso aconteça. O município já está disponibilizando uma sala no ginásio Breno Kirinus para as famílias passarem a noite, e não dormir, por exemplo, na praça em frente às casas étnicas.
- A equipe do Creas está orientada a fazer controle de quantos indígenas e de quais tribos estão na cidade. O trabalho de orientação e comunicação da chegada dos indígenas tem a colaboração da Brigada Militar – explicou a prefeita.
A Funai solicitou locais específicos para os índios comercializarem seus produtos artesanais – a praça é um dos pontos de venda - e também, mais espaço na Expodireto no pavilhão da agricultura familiar. O pedido será encaminhado ao secretário Tarcísio Minetto, da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) do Rio Grande do Sul.
- Os espaços são o reconhecimento da diversidade cultural, sustentabilidade econômica do trabalho indígena que é tão importante como dos outros – avalia Maria Inês Freitas, kaingang - do setor de Educação da Funai.
Segundo ela, os índios comercializam artesanato para aumento de renda e sustentação das famílias. Ela considerou de grande sensibilidade a iniciativa do Governo Municipal abrir o diálogo sobre a presença dos índios na cidade. Também, pediu receptividade da comunidade aos índios, que não querem prejudicar as demais pessoas. A Regional de Passo Fundo coordena 63 municípios. O coordenador da Funai informou que atualmente 27 mil índios vivem em terras indígenas e 5 mil em áreas urbanas, distribuídas em três povos (Guarani, Kaigangue e Charrua).
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