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Notícias

17 de abril de 2017

Governo do Estado quer implantar regionalização dos partos

Gestantes de Não-Me-Toque atendidas pelo SUS serão levadas a Carazinho

Em busca da redução do coeficiente de mortalidade infantil, a Secretaria Estadual da Saúde estabeleceu a regionalização do parto como uma das políticas a serem adotadas. A decisão implica em levar os nascimentos encaminhados pelos SUS para um hospital de referência. Não-Me-Toque, Tapera, Victor Graeff, Lagoa dos Três Cantos terão Carazinho como centro regional para os partos. Isso significa que o número de nascimentos nos hospitais que ainda existem nestas cidades vai cair mais de 80%.

Nos Hospitais Beneficência Alto Jacuí e Notre Dame Júlia Billiart, o número total de nascimentos no mês de março soma 28, incluindo SUS, outros convênios e particular. Hoje o município de Não-Me-Toque paga para ter médico obstetra, pediatra e anestesistas em plantão 24h para atender os nascimentos pelo SUS.O secretário de Saúde de Não-Me-Toque, Marco Costa está preocupado com a medida.

- Essa decisão não passou pela nossa coordenadoria regional. Não discutimos o assunto, e soubemos agora o interesse do Governo do Estado pela regionalização está avançado, inclusive com 11 das 30 regiões confirmando a adesão – afirmou.

Marco Costa participou, no último dia 6, em Porto Alegre, de reuniões da Secretaria Técnica e do Conselho de Secretários de Saúde.

- A proposta do estado vai afetar diretamente os municípios que possuem hospitais de pequeno e médio porte, além de impactar profundamente no sistema público municipal de saúde – comentou.

Pela proposta do Governo do RS, somente os hospitais com estrutura presencial pediátrica e obstétrica, com mais de 50 leitos e com pelo menos 365 nascimentos por ano serão conveniados para os partos pelo SUS.

Avaliação da proposta
O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde e a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) organiza reuniões de trabalho de detalhamento, discussão e encaminhamento de decisão a respeito da Proposta de Regionalização do Parto para Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS).
Devem participar representantes regionais das regiões de saúde, secretários municipais e prefeitos interessados. O evento acontece no próximo dia 17, segunda-feira.

Coeficiente de Mortalidade Infantil
A taxa ou Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) é definida pelo número de óbitos de crianças ocorridos antes de completar um ano de idade, para cada mil nascimentos, durante o período de um ano. As principais causas de óbito infantil estão relacionadas com a prematuridade, as infecções, as malformações congênitas.
No RS essa taxa vem reduzindo desde o ano 2000, quando foi registrada em 15,1, chegando a 10,1 em 2015.
Não-Me-Toque registrou 256 nascimentos em 2015, e cinco óbitos de crianças que não completaram um ano, estabelecendo um índice de 19,5.
Victor Graeff teve 26 nascimentos, um óbito CMI 38,5.
Tapera teve 125 nascimentos, zero óbito e CMI zero
Lagoa dos Três Cantos teve 21 nascimentos, zero óbito e CMI zero
Fonte: Núcleo de Informações em Saúde – NIS / SES-RS

De acordo com o secretário da Saúde do Estado, João Gabbardo dos Reis, há mais de 20 anos, o Rio Grande do Sul tem meta de alcançar as taxas de mortalidade infantil com apenas um dígito. A redução do coeficiente da mortalidade infantil, envolve ampliação do acesso aos serviços de saúde, implantação de equipes de saúde da família, qualificação da atenção ao pré-natal, ao parto e ao nascimento, regionalização do parto, organização e ampliação da rede de cuidados intensivos neonatais e pediátricos e acompanhamento do desenvolvimento infantil.

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