Passo Fundo/RS: Parcialmente nublado
Carazinho/RS: Tempo limpo
Passo Fundo/RS: Parcialmente nublado
Carazinho/RS: Tempo limpo

Notícias

26 de setembro de 2014

Hospitais Alto Jacuí e Júlia Billiart protestam por valorização

R$ 15 bilhões é o acúmulo da divida que os hospitais beneficentes e santas casas amargam no país.

Devido à crise financeira das instituições filantrópicas de atendimento à saúde que acumulam uma divida de R$ 15 bilhões, os hospitais e santas casas paralisaram parte dos serviços durante o dia de ontem (25) para protestar contra a crise financeira que vivem, especialmente pela baixa remuneração dos sérvios prestas pelo SUS.
Em Não-Me-Toque os funcionários dos dois hospitais, como tantos outros em todo país, não realizaram cirurgias, cesarianas, procedimento de cirurgias eletivas, consultas e especialidades neste dia. Caso de pacientes que necessitaram atendimento urgente ou de emergência seguiu normalmente.
O administrador do Hospital Beneficência Alto Jacuí, Felipe Sohne, informou que as instituições vivem uma crise grave e que manifestar é uma forma para chamar atenção dos governos e da sociedade ao subfinanciamento, causado pelaos baixos valores repassados da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).

Secretário municipal da Saúde Marco Costa apoiou manifestação do Hospital Beneficência Alto Jacuí

- Queremos chamar atenção da crise que envolve também dividas tributária, trabalhista e fornecedores, como o pagamento de financiamentos bancários e impostos - alertou Felipe sobre a realidade dos hospitais.
O coordenador administrativo do Hospital Notre Dame Júlia Billiart, Daniel Rubem Griep disse que a mobilização em frente ao hospital decorado de preto, simboliza o luto e deseja chamar a atenção para a grave situação da saúde no país, além de fortalecer corrente de cobrança ao Governo Federal. À tarde, o hospital organizou uma carreata no centro da cidade para alertar a população.

Hospital Notre Dame Julia Billiart vestiu luto para chamar atenção para descaso com as instituições que prestam serviço pelo SUS

- A mobilização em frente ao hospital e a paralisação de alguns atendimentos é para chamar atenção e buscar melhorar a área da saúde aumentando o valor repassado aos hospitais pelo SUS – enfatizou o administrador.
Um dos maiores problemas enfrentados nos hospitais de NMT passa pelo baixo e insuficiente repasse do SUS, que causa prejuízo e não cobre os custos prestados pelos hospitais. Isso, gradativamente proporciona o endividamento expondo a problemas financeiros.

Carrreata levou o protesto para as ruas em Não-Me-Toque

 

RAIO -X DAS  INSTITUIÇÕES 

INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
As Santas Casas e os Hospitais Filantrópicos somam 2.100 instituições de saúde em todo o Brasil, que garantem mais de 54% da assistência ao Sistema Único De Saúde. Aqui no Rio Grande Do Sul são 259 instituições que respondem por mais de 70% da capacidade SUS aos 7 milhões de gaúchos que só têm ele para acesso à saúde.

PREJUÍZO SUPERIOR A R$ 5 BILHÕES
Como todos sabem o SUS não cobre os custos pelos serviços prestados pelos hospitais. A cada ano, as instituições hospitalares brasileiras têm um prejuízo superior a R$ 5 bilhões. Este prejuízo, em crescimento há mais de dez anos, tem exposto os hospitais a uma crise de sobrevivência que, para se manterem em funcionamento, atendendo a população, acabam se endividando cada vez mais. Hoje a dívida acumulada é de R$ 15 bilhões.

10% DAS RECEITAS PARA A SAÚDE
Os Estados e Municípios têm feito as suas partes, inclusive, o Rio Grande do Sul tem ajudado muito. Porém, o Governo Federal, maior responsável pelo financiamento SUS, pouco prioriza a saúde, destinando recursos insuficientes para atender às necessidades da população e do financiamento dos prestadores de serviços. Todos pedimos que o Governo Federal destine 10% das suas receitas para a saude.

URGÊNCIA
As instituições precisam que o Governo Federal, ainda em 2014, libere recursos na ordem de R$ 2,5 bilhões para ajuda de custeio dos serviços prestados. Para 2015, a garantia de pelo menos os custos totalizando R$ 5 bilhões. Também, a disponibilização de recursos, através do BNDES para o Enfrentamento Das Dívidas, com adoção de política similar à área da agricultura.

SAÚDE COMO PAUTA
Em época de eleições a SAÚDE é pauta de todos. Porém, após esse período, não recebe o tratamento MERECIDO. Por isso, mais uma vez, buscamos o seu apoio para essa causa que é de TODOS.

Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Permitir