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Notícias

16 de março de 2015

Manifestação em NMT pede fim da corrupção e critica o governo

Protesto mobilizou cerca de mil pessoas em Não-Me-Toque
Protesto mobilizou cerca de mil pessoas em Não-Me-Toque

Vestidos com as cores da bandeira brasileira, mais de 2 milhões de pessoas foram às ruas de várias cidades de todas as regiões do país para reclamar principalmente da corrupção, em meio ao escândalo bilionário na Petrobras investigado pela operação Lava-Jato, e problemas econômicos enfrentados pelo Brasil.

Na cidade de São Paulo um milhão de pessoas protestaram no domingo, 15 de março, contra o governo da presidente Dilma Rousseff e a corrupção, em meio à fraqueza da economia e inflação elevada, na maior de uma série de manifestações populares que ocorreram em diversas cidades de todo Brasil.

O movimento que iniciou na rede social também aconteceu em Não-Me-Toque. Em torno 1000 pessoas estiveram no manifesto de domingo (15), segundo estimativa da Brigada Militar. Os organizadores lideraram o movimento que iniciou às 16h e reuniu participantes em frente ao Altar da Pátria, na praça Dr. Otto Schmiedt.

No local ocorreram manifestações de pessoas que se inscreveram para falar ao microfone, com discursos a favor do movimento e críticas às medidas do Governo Federal como aumento da gasolina, da energia elétrica, consequente crescimento da inflação, e especialmente contra a corrupção. A saída da presidente Dilma Rousseff e do PT do poder também pautaram os discursos. Em seguida ocorreu passeata pela Av. Alto Jacuí ao som do Hino Nacional Brasileiro.

Um dos organizadores do movimento, o empresário Márcio José Marqueti, de 36 anos, disse que o manifesto em NMT surgiu através do movimento nacional convidando os brasileiros de pelo facebook. Marqueti sinaliza que o movimento no município é pacifico, ordeiro e vem para a rua mostrar indignação.

- Estamos aqui não só para mostrar nossa indignação, mas para pedir o impeachment de Dilma pela irresponsabilidade administrativa a qual vem levando a nossa nação, e mostrar nossa indignação com a corrupção, os partidos da base aliada envolvidos e tudo que está errado em no nosso País – completa.

Marqueti, que defende a intervenção militar no governo, destaca seu desejo de que o clamor popular possa fazer com que os representantes da base aliada avaliem a insatisfação da população. Segundo o organizador, as manifestações do MST e CUT na semana passada, foram manobras do próprio governo para abafar as de domingo. Mesmo com a camiseta “Fora Dilma”, reconhece que o impeachment é algo distante.

- O Collor caiu por muito menos. Infelizmente, a Câmara, o Senado e o Judiciário estão atrelados, mas à população clama pelas reformas política e tributária - completa.

A vereadora Paula Samuel van Schaik que também estava à frente da mobilização considerou que o movimento ganhou mais força depois da lista dos políticos citados na lista da operação da Polícia federal denominada Lava-Jato. Segundo a vereadora os aumentos nos tributos, o baixo crescimento e a imagem do País internacionalmente impulsionaram a vinda da população para as ruas. Paulinha considerou decepcionante o número de deputados do seu partido (PP) citados nos atos de corrupção.

- O sistema obriga vereadores e prefeitos peregrinar em Brasília para conseguir recursos que demoram para serem  liberados e muitas vezes nem chegam a ser liberados – citou.

O ex-prefeito de NMT, João van Riel, disse que não tinha visto no município uma mobilização reunindo tantas pessoas de diferentes idades. Incentivador, avalia que as manifestações em todo o Brasil vão evitar o retrocesso.

- O povo está descontente. Precisamos de um Brasil mais independente. Não quero ver o país retroceder e virar uma Venezuela – opina referindo-se ao sistema de governo que da plenos poderes ao presidente.

O jovem Rafael Magni dirigiu-se ao público do manifesto relatando como é a vida do povo da Venezuela, onde a Democracia é fachada para um governo que dita as normas, controla o opinião pública nas ruas e na imprensa. A referência foi um comparativo pela simpatia e apoio do governo brasileiro ao regime deste país, e o risco de ter um Congresso submetido (comprado) pelo Governo.

Também se manifestaram o ex-prefeito Armando Roos, os vereadores Kexinho e Gilson dos Santos, os jovens Nicole Stapelbroek, Luiz Rietjens, Luiz Paulo Estery e Charles de Morais, o empresário Edgar Estery e a cidadão Gislene da Paixão.

Devido aos protestos, a presidente Dilma pediu a alguns de seus ministros que ficassem em Brasília neste domingo para acompanhar as manifestações, e realizou uma reunião no Palácio da Alvorada para avaliar as acontecimentos.

O ministro Miguel Rosseto, da Secretaria-Geral da Presidência, escolhido porta-voz do encontro ao lado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que as pessoas que foram às ruas neste domingo são aquelas que não votaram em Dilma na eleição presidencial do ano passado.

Cardozo afirmou que o governo está aberto ao diálogo com todos os setores da sociedade, inclusive a oposição, e que a presidente vai apresentar nos próximos dias medidas de combate à corrupção. Reiterou também a defesa do governo por uma reforma política "lastreada no ouvir da sociedade", que tenha como ponto principal o fim do financiamento empresarial de campanhas eleitorais e partidos políticos. A promessa é a mesma da Presidente Dilma na campanha em que foi reeleita.

Durante o pronunciamento dos ministros, que foi transmitido pela TV, houve panelaço em diversas capitais, como Brasília, Rio e São Paulo, assim como ocorreu durante pronunciamento de Dilma na TV no domingo passado.

Uma nova manifestação está sendo organizada para o dia 12 de abril.

 

 

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