15 de maio de 2015

Na escola, na família, no trabalho e na sociedade

Seminário aborda problemática da droga que está presente em todos os segmentos

O décimo Seminário “Não Jogue com a Vida” lotou o salão da comunidade Cristo Rei na noite de quinta-feira (13). Os médicos psiquiatras Guilherme Modkovski e José Ribamar Fernandes Saraiva Júnior abordaram o problema da droga na família, no meio escolar no trabalho e na vida social.
Na solenidade de abertura a prefeita Teodora Lüktemeyer enfatizou os dez anos do seminário debatendo o assunto da drogadição voltado para as famílias e professores visando a prevenção.
- Em dez anos muitas temáticas foram abordadas buscando maneiras de alertar sobre os perigos e evitar que especialmente adolescentes e jovens experimentem as drogas. A situação é muito preocupante porque todos nós conhecemos pelo menos uma pessoa que tenha usado drogas ilícitas – salientou.
Autor do projeto “Não Jogue com a Vida”, o vereador, Valdir Kirst (PP), informou que a Câmara de Vereadores trará o assunto da droga para dentro do Poder Legislativo, com a criação de uma comissão que vai debater o tema durante 60 dias, convidando para o debate profissionais e entidades.

O tema do Seminário deste ano foi “Intervenção baseadas no Desenvolvimento da Criança e do Adolescente: Uma solução possível para as dependências químicas”. O médico psiquiatra supervisor da residência do Hospital da Cidade de Passo Fundo, Guilherme Madkovski, avalia a drogadição como uma doença química, agregando que o acesso à droga tem várias origens, seja esta social, cultural ou econômica.
De acordo com Madkovski a questão da droga é de responsabilidade do poder público e da sociedade em geral e que o controle passa diretamente pela prevenção. Defendeu que intervenções baseadas em evidências locais reduzem bastante a incidência de dependentes. Para o psiquiatra, é preciso haver intervenções com programas na escola e família como fator de prevenção.
- A prevenção na família começa pelos limites aos filhos desde a infância, a escola pode e deve reforçar o trabalho de contenção – afirmou.
Contextualizando, o psiquiatra disse que criminalizar a pessoa pode ser algo sofrível, mas é preciso responsabilizar pelos seus atos.

O Dr. Saraiva, do Instituto de Psiquiatria e Psicoterapia de Passo Fundo, mostrou dados do aumento do consumo de drogas no país e quanto as políticas de saúde ainda são insuficiente, sendo que o maior grupo de drogados está entre jovens com idade entre 14 a 25 anos, sendo 26% menores de idade.
Considerando que o problema da dependência química é multifatorial, foi otimista quanto à recuperação, desde que contínua.
- É possível recuperar uma pessoa com tratamento em longo prazo (mínimo seis meses) desde que se considerar a dependência como uma doença crônica que vai carregar o resto da vida, mas com condições de ter uma vida normal – sintetiza.
Após o debate com o público teve apresentação do Coral Municipal Infanto Juvenil e do canto Coral Instituto Solano.
Compareceram no seminário a secretária da Educação Griselda Blau, responsável junto com sua equipe pela realização do evento, o presidente da Câmara de Vereadores Ibanez Victor de Quadros, a presidente do Comdica Luciane Kissmann, a presidente do Comen Vanda Görgen, a coordenadora do Conselho Tutelar Maria Augusta Rolin Sampaio, o presidente da Abecal Olímpio Krüger e Daiane Eliza Neuls representando a Rede de Apoio a Escola (RAE).

Imagens do Seminário Não Jogue com a Vida 

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