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Notícias

1 de agosto de 2014

Não-Me-Toque perde um grande educador

Morte do professor Iraldo Borghetti provoca muitas manifestações de carinho e reconhecimento 

Iraldo Ângelo Borghetti
17/5/1941 – 22/7/2014


A notícia da morte de Iraldo Ângelo Borghetti, no amanhecer de 22 de julho, provocou a manifestação de grande número de pessoas. Amigos, ex-alunos, colegas de profissão e companheiros de atuação comunitária. Muitos fizeram questão de deixar sua mensagem nas redes sociais e, especialmente, comparecer para a despedida no velório realizado na Capela Mortuária da Funerária Gräff, acompanhando seu sepultamento no Cemitério Católico de Não-Me-Toque às 16 horas deste mesmo dia.

 

Manifestações
Michele Birck, publicou: “Hoje o céu está em festa! Foi para perto de Deus uma das maiores pessoas que tive a hora de conhecer... Nós, como educadores, sentimo-nos honrados em ter aprendido com este grande homem. Como pais, em aprender com esse grande pai que ele sempre foi... como amigos, com esse grande amigo..., como vizinhos, com esse grande cidadão... e como avós, que um dia seremos, fica o ensinamento em como amar e se fazer presente na vida de nossos netos... Obrigada professor Iraldo Borghetti, por tudo que nos ensinaste, e pelos grandes exemplos que nos deixaste. Aos nossos queridos amigos, e também alunos, seus familiares, deixamos aqui nossos mais profundos sentimentos, mas principalmente que o amor que sempre receberam continue sendo compartilhado com todos ao seu redor!”
A professora Heloisa Paim publicou: “A notícia da partida do colega e amigo querido Iraldo Borghetti trouxe dor e tristeza. Num relance revejo a imagem que tenho guardada na lembrança, de uma pessoa alegre, em paz... grande Borghetti, professor amado por todos os alunos, homem simples e incansável guerreio, sempre junto de sua querida companheira Orlanda... amigo de todos, de uma alegria contagiante... ficam as melhores lembranças e seus grandiosos exemplos".
Fernanda Fauth Griebeler publicou: “Acabo de saber que o tio Borga, como o chamávamos na sala de aula muito carinhosamente, não está mais entre nós. Certamente, uma perda irreparável para toda a comunidade, mas especialmente para sua a família... Ele será sempre lembrado como a pessoa incrível que era e essas são as melhores lembranças.
Marlene Schmitt publicou: “Sentiremos muito a tua falta, mas infelizmente tua missão estava cumprida. Deixaste um legado de ensinamentos, bons exemplos e muitas virtudes para teus alunos e amigos. Recordarei a faculdade que fizemos juntos com a amiga Orlanda, foram alegrias, sofrimentos e enfim a formatura. Vá em paz".

Sua história
O quarto filho do casal de agricultores Guilhermino e Rosalina Borghetti, nascido no dia 17 de maio de 1941, com seu irmão gêmeo Ivaldo, no município de Selbach, desde a infância aprendeu a enfrentar as dificuldades com trabalho e fé.
Ainda com os nove filhos pequenos, a família veio residir em Vila Seca, interior de Não-Me-Toque, onde Iraldo e os irmãos frequentaram a escola pública da localidade, que oferecia ensino até a quarta série primária.
Sentindo o chamado à vida religiosa e com o incentivo dos pais, Iraldo foi estudar no Seminário Seráfico São Francisco de Assis, em Taquari, onde recebeu sólida e profunda formação intelectual, humana e cristã durante sete anos. Aos 19 anos, prestou serviço militar para o Exército Brasileiro, no quartel de Uruguaiana.
De volta a Não-Me-Toque, firmou namoro com a jovem professora Orlanda Gräbin. Nessa época, Iraldo já era professor em Vila Seca e em Boa Vista. Após dois anos de namoro, decidiram se unir em matrimônio, cerimônia realizada no dia 5 de janeiro de 1965, na Igreja Matriz Cristo Rei em Não-Me-Toque.
Os primeiros anos de união matrimonial foram difíceis pela condição econômica, porém muito felizes. O casal já estava residindo na cidade e Iraldo lecionava pela manhã no Ginásio São Francisco Solano dos freis franciscanos e, à tarde, em Vila Seca, retornando para casa à noite. Mais tarde, Iraldo e a fiel companheira Orlanda buscaram a qualificação na área do magistério e se formaram juntos em Biologia, pela Universidade de Passo Fundo, no ano de 1980.
Da união matrimonial nasceram três filhos: Luiz Estanislau, Júlio César e Ângelo. Com grande amor e dedicação à família, Iraldo e Orlanda educaram seus filhos com esmero, procurando transmitir valores e princípios humanos e cristãos. Consideravam a família o fundamento da sociedade.
Iraldo destacou-se como professor no Ginásio São Francisco Solano, no Colégio São José Notre Dame e na Escola Sinodal Sete de Setembro, sendo um mestre exigente, porém muito dedicado aos alunos, esforçado em fazê-los aprender. Deixou marcas na vida escolar como uma pessoa alegre, com grande capacidade de interação e comunicação com as direções, colegas e alunos. Tinha grande amor à profissão, sendo um exemplo em sala de aula e na sociedade.
Na vida comunitária teve participação ativa como cristão atuante na liturgia, no Conselho Pastoral Paroquial, na Pastoral Vocacional, no Curso de Noivos e na apresentação do programa A Hora Católica. Como era um homem muito religioso, amava a Jesus Cristo e à Igreja, marcando presença nas ações comunitárias e nas relações com as pessoas. Também teve atuação em diretorias do Lar do Idoso São Vicente de Paulo e no Conselho Comunitário do Hospital ND Júlia Billiart.
No ano de 1994, o professor Iraldo se aposentou pelo Estado, mas continuou a se dedicar ao magistério até o ano de 1999, completando 39 anos de serviço à educação e centenas de adolescentes, jovens e adultos de Não-Me-Toque e da região.
Já aposentado, gostava de reunir a família, conversar com a esposa, filhos, netos, familiares e amigos. Gostava de ler, cultivar sua horta e viajar.
Mesmo cometido por grave enfermidade, não deixou de rezar e agradecer a Deus todos os dias pela vida, sendo assistido pela família e pelos amigos até o último momento de sua vida. Deixou como legado a fé, a retidão de caráter, a importância de ser grato a tudo que a vida oferece. Foi-se desta vida em paz.

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