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Notícias

23 de setembro de 2016

Patrono Clemente da Silva foi fundador do CTG Galpão Amigo

Homenagem iniciou no Cemitério, onde foi acesa a chama municipal na presença dos organizadores, dos familiares de Clemente da Silva, amigos e tradicionalistas
Homenagem iniciou no Cemitério, onde foi acesa a chama municipal na presença dos organizadores, dos familiares de Clemente da Silva, amigos e tradicionalistas

NÃO-ME-TOQUE RS - Os Festejos Farroupilhas foram comemorados em Não-Me-Toque entre os dias 11 a 20 de setembro. A abertura foi marcada pela homenagem ao fundador do CTG Galpão Amigo, Clemente da Silva, com acendimento da chama no Cemitério Católico e cavalgada até a sede do CTG Galpão Amigo, onde ocorreu a abertura oficial.
A viúva, Iracy da Silva e os filhos, João Celso, Jussara e Rosane, juntamente com os demais familiares, participaram de todas as atividades.
O patrão do VTG, Jorge Celito Zuffo, abriu o evento organizado em conjunto pelo CTG Galpão Amigo, Prefeitura Municipal através da Secretaria Municipal da Educação, Cultura e Desporto, e Brigada Militar.
- É uma honra para nós tradicionalistas podermos homenagear um cidadão como Seu Clemente. Eu, que cresci dentro do CTG, lembrou do Seu Clemente declamando a poesia Chimarrão e por muito tempo pensei que fosse ele o autor – destacou Zuffo.
Participaram da abertura a prefeita Teodora Lutkekemyer, o comandante da Brigada Militar, tenente João Roberto Cardoso, o vice-presidente da Câmara de Vereadores, Gilson dos Santos, a secretária municipal da Educação, Griselda Scholze Blau, o coordenador Cultural do CTG, Édito da Rosa, entre outras autoridades, tradicionalistas, peões e prendas do Galpão Amigo.

 

Em nome da família, João Celso da Silva declamou a poesia Tributo a Seu Clemente durante o Culto Crioulo, onde os pertences do homenageado foram ofertados com gratidão a sua memória
Em nome da família, João Celso da Silva declamou a poesia Tributo a Seu Clemente durante o Culto Crioulo, onde os pertences do homenageado foram ofertados com gratidão a sua memória
Família Silva teve participação ativa em todos os momentos dos Festejos Farroupilhas
Família Silva teve participação ativa em todos os momentos dos Festejos Farroupilhas
Desfile no domingo, 18 de setembro, teve carro alegórico da família
Desfile no domingo, 18 de setembro, teve carro alegórico da família
Café de Chaleira
Café de Chaleira
Café de Chaleira
Café de Chaleira

Homenageado dos Festejos Farroupilhas de Não-Me-Toque
Clemente da Silva nasceu em Não-Me-Toque no dia 23 de novembro de 1930.
Casou-se com Iracy Emilia da Silva no dia 3 de março de 1956. Tiveram quatro filhos: João Celso , Jussara Maria, Rosane Fátima  e Roni Fernando; dois genros,  Aldo  e Lauri;  uma nora, Rosilei; sete netos,  Alex, Fernanda, Rafael, Régis, Regina, Júlia e Anderson, e dois bisnestos,  Júlio Rafael e Rafaela.
Faleceu no dia 30 de setembro de 2013, aos 82 anos.
Seu Clemente, ou vô Clemente, como era chamado, participou de diversas entidades em Não-Me-Toque, foi goleiro do Sport Clube Colorado, um dos fundadores do MDB partido em que era filiado, funcionário da Prefeitura Municipal por muitos anos, adorava jogar canastra, pescar, andar de bicicleta, falava muito bem alemão, foi torcedor fanático do Internacional, dançador de tango e vanerão.
Mas, sem dúvida, seu grande legado foi ter participado ativamente da formação desta entidade tradicionalista e contribuído significativamente para o movimento tornar-se sólido neste município, motivo da homenagem que recebe nos Festejos Farroupilhas deste ano do qual é o Patrono.
Seu Clemente adorava o CTG. Além de fundador, foi o primeiro peão caseiro (ecônomo da entidade), além de dançar, gostava de declamar, uma das suas poesias favoritas era “Chimarrão” de Glaucus Saraiva.
No ano de 1972, a religiosa irmã Léa, do Colégio São José, começou com um grupo de alunos a primeira invernada de danças gaúchas de Não-Me-Toque. No ano de 1973, os pais destes alunos estavam empolgados e sentiram a necessidade de ter um CTG em Não-Me-Toque. Uma comitiva formada por Clemente da Silva, João van Riel e Ivo Ramires foi até o CTG Rincão Serrano buscar orientações sobre como montar um CTG, sendo que o CTG Rincão Serrano foi o padrinho do CTG Galpão Amigo.
Por 3 anos os ensaios foram realizados no pátio da Escola São José e os bailes no Salão Cristo Rei.
O Primeiro fandango foi realizado no salão Cristo Rei, sendo que a primeira missa crioula também.
Todos os filhos do Seu Clemente e da Dona Iraci participavam da Invernada Artística do CTG. A primeira Invernada de Dança era composta por 16 pares e, entre estes pares houve seis casamentos.
Muitos foram os incentivadores para a criação do CTG Entre eles os casais: Johannes van Riel e Cornélia, Clemente da Silva e Iraci, Ivo Ramires e Ieda, Harry Liska e Eli, Ilmo Jacob Sebastiani, Eloi Frantz e Wilma, Erno Erig e Reni, Gentil Batista e Amália, que foi o primeiro patrão.
Jacob Sebastiani foi quem deu a ideia para do nome de “Galpão Amigo” para o CTG.
Ieda  Ramires criou o lema “Um por todos e todos por ti”.
A cedência em comodato terreno foi feita pelo prefeito Rudi Becker e a inauguração da sede pelo prefeito Edemar Noll.
Seu Clemente ajudou a construir a primeira sede do CTG Galpão Amigo. Bateu muito martelo e carregou muita madeira para a construção deste galpão.
A madeira grossa para o CTG foi doada por Alfredo Roberto Sebastiani, os caibramentos pela empresa Augustin, os tijolos pela empresa E. Orlando Roos, as tábuas financiadas por Arthur Keller (empresa Madeli). O telhado que custou 95 cruzeiros foi comprado pelo CTG, numa atitude arrojada da patronagem, já que em caixa tinha apenas 5 cruzeiros, uma dívida honrada no fio de bigode.
Seu Clemente da Silva gostava tanto do CTG que no ano de 1977 deixou a sua casa, pegou sua família e foi morar no CTG Galpão Amigo, tornando-se o primeiro peão caseiro, por um período de aproximadamente cinco anos.
Seu Clemente deixou um grande legado para todos da família: respeito, humildade, paixão pela tradição e o amor pelo CTG Galpão Amigo.

Clemente da Silva
Clemente da Silva

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