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Notícias

25 de maio de 2018

PREÇO DO COMBUSTÍVEL 

Presidente poderá acionar forças Federais para fim da greve  

A paralisação dos caminhoneiros continuará no fim de semana. O governo anunciou na noite de quinta-feira (24) acordo com entidades representativas como, Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) para o fim da greve.

A manifestação ocorre em 24 estados, mas a categoria autônoma está pulverizada e com grupos independentes, que não concordam com a negociação. O presidente Michel Temer realizou pronunciamento no inicio da tarde hoje (25).

Segundo o presidente, há um acordo com as lideranças nacionais da categoria. Não está descartada a utilização das forças federais para obstruir rodovias bloqueadas.

Está incluindo a redução de 10% no valor do diesel em que a União vai ressarcir a Petrobras. O presidente pronunciou que junto com o congresso trabalha para zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-combustíveis).

O acordo, segundo Temer, prevê uma Medida Provisória para o motorista autônomo ter 30% das cargas da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e redução de tributos federais no Pins e Confins. Com relação aos manifestantes Temer falou em “minoria radical”.

Não está descartada a utilização das forças federais para obstruir rodovias bloqueadas. Mais tarde, o Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, falou da redução do preço na refinaria. Na terça-feira, dia 29 de maio, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) fará uma reunião extraordinária.

O objetivo é conseguir apoio dos governos estaduais para diminuir valor do ICMS para diminuir o litro do diesel.

Caminhoneiros seguem parados no fim de semana

A greve dos caminhoneiros autônomos entra em seu quinto dia e tem forte impacto na oferta de produtos e serviços comuns no dia a dia dos brasileiros, como combustíveis, alimentos, correspondências e transporte público. Em Não-Me-Toque, acabou a gasolina na quinta-feira (24).

Os caminhoneiros pretendem manter a paralisação que ocorre em 23 estados da federação, mais o Distrito Industrial também neste final de semana, dias 26 e 27. A categoria está inconformada com os aumentos nos preços dos combustíveis e pede ao governo a redução de impostos.

A política de preços que adota a variação do barril do petróleo beneficia os cofres da Petrobras, que se recupera da crise financeira causado especialmente pela corrupção. Na terça-feira (22), o governo anunciou a redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-combustíveis) no diesel. Na prática são cinco centavos por litro de diesel. Muito aquém do que a categoria de motoristas autônomos ou que trabalham em transportadoras pretendem conquistar com a paralisação dos caminhões.

Os caminhoneiros têm o objetivo de revogar a liminar sobre o pagamento de pedágio no eixo erguido e aprovação final no congresso do Projeto de Lei 528/2015 que estabelece as políticas de preços dos transportes de cargas. A PL garantiria ao caminhoneiro preço mínimo de mercado para a prestação do serviço.

Motorista avalia como insustentável a atividade

O presidente da Cooperativa de Transportes de Cargas do Norte Gaúcho (Cootrang), Nelson Emir Arendt, considera que está difícil a atividade no Brasil. O caminhoneiro passou a semana em Carazinho, no trevo da Bandeira, na BR 285, protestando e convencendo colegas a aderir à paralisação.

Nelson explicou que um frete de ida e volta a São Paulo, num caminhão de seis eixos, gastaria R$ 4 mil em diesel, pagando um preço médio de R$ 4 litro. Ainda tem o pedágio que varia de R$ 800 a R$ 1 mil. Para as empresas, ainda tem o salário do motorista.

- Somente esses custos num frete que se recebe R$ 6 mil, temos ainda que arcar com o custo do desgaste do caminhão, manutenção, prestações a pagar e despesas do motorista na viagem – comentou.

O acúmulo da despesa, segundo Nelson, comparado a valor líquido recebido pelo serviço, desmotiva continuar na atividade.

O caminhoneiro informou que os motoristas têm tido boa relação com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e não está havendo tumulto na manifestação.

No ponto de paralisação em Carazinho, os caminhoneiro têm recebido visita de políticos e lideranças do setor, além da doação de água, pão, café e desconto para tomar banho nos postos de gasolina.  Em outros locais a relação não está tão amena. Na BR 290, em Eldorado do Sul, houve bloqueio com queima de pneus e teve até discussão.

Os feitos no comércio e indústria  

De acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar e Polícia Rodoviária Federal, na quarta-feira (24), a greve acontecia em ao menos 75 pontos nas rodovias estaduais e federais no Rio Grande do Sul. Nas ERS são 52 pontos em 49 cidades e, mais de 25 nas federais.

Na região Norte e Noroeste acontecem manifestação em Lagoa Vermelha, Caseiros, Passo Fundo, Carazinho e Ijuí. No Alto Jacuí, em Tapera.

Os efeitos da paralisação geram reflexos na cadeia produtiva no país na indústria e falta de produtos no varejo como, medicamentos, comida e gasolina. A Aurora anunciou na terça-feira (22), paralisação das atividades com prejuízo estimado em de 50 milhões nos dois dias na cadeia produtiva vinculado à cooperativa.

Impacto em Não-Me-Toque

A gasolina em Não-Me-Toque terminou ainda na noite de quarta-feira (23), no Posto Verona. Segundo uns dos proprietários, não há combustível, e até ontem, pela manhã, por volta das 10h, havia diesel. O caminhão da distribuidora está estacionado em Carazinho. Filas foram formadas em outros postos na manhã de quinta-feira (24), mas havia apenas álcool e diesel. As redes de farmácia também já sentem a falta de alguns produtos. Mercados também poderão começar a ter diminuição no estoque. O serviço da coleta de lixo, por enquanto, continua normal, pelo menos enquanto a frota da empresa Simpex tiver combustível para rodar.

Há possibilidade de faltar gás, segundo o Sindigás, que representa as empresas distribuidoras do produto. O sindicato informou na quarta-feira que "a interdição das principais rodovias brasileiras impede a saída dos caminhões que transportam o gás, seja a granel ou em botijões, das bases de enchimento das distribuidoras até o consumidor final ou até as revendas de gás".

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