19 de setembro de 2014

Seu Sinhô patrono dos Festejos Farroupilhas de Não-Me-Toque

A presença de amigos e familiares nos dois momentos que marcaram a homenagem a Osvaldo Ribeiro de Quadros, Seu Sinhô, mostraram que a escolha do patrono dos Festejos Farroupilhas foi mais uma vez acertado.
O último tropeiro de Não-Me-Toque, morto aos 92 anos de idade (2010), eixou um legado importante de vivência da cultura e do tradicionalismo gaúcho, além de contribuição importante com fatos históricos como a denominação da Fazenda Não-Me-Toque, cuja venda para o coronel Gervásio Lucas Annes foi registrada em cartório no ano de 1885, dando início à colonização da região. Seu Sinhô é descendente dos primeiros proprietários desta fazenda - Possidônio Ribeiro de Sant’Ana Vargas – e tinha cópia dos registro da venda da fazenda.

Em seu sítio, mantinha um galpão com dezenas de peças que contavam a história das tropeadas, da vida do gaúcho e dos costumes. O espaço era frequentado por estudantes e pesquisadores, que vinham em busca do conhecimento de Osvaldo Ribeiro de Quadros.
- Seu Sinhô foi uma testemunha ocular da história que sempre esteve disposto a dividir seu conhecimento, para que a história tivesse continuidade sem relegar o passado – comentou o médico Anaor Aguiar, que falou em nome da família durante a homenagem no CTG, na noite de 12 de setembro, na abertura oficial das comemorações farroupilha em Não-Me-Toque.
Prestigiaram a homenagem a prefeita Teodora Lütkemeyer, o vice-presidente da Câmara de Vereadores Ibanez de Quadros, o patrão do CTG Benno Lütkemeyer, o capataz da CTG Clézio Goettems, o vice-coordenador da 7ª Região Tradicionalista Jorge Celito Zuffo, o comandante da Brigada Militar tenente João Roberto Cardosos, a secretária da Educação Griselda Blau, o capataz da Invernada Campeira do CTG Gabriel Rocha, entre outras autoridades e grande número de tradicionalistas.

Os pronunciamentos enalteceram a personalidade amigável, o estilo original do homem que vivia a cultura gaúcha, sua disponibilidade em transmitir conhecimento e a justiça em lembrar de seu nome para ser o patrono desta que é uma das maiores manifestações culturais de Não-Me-Toque.
A homenagem a Osvaldo Ribeiro de quadros iniciou no Cemitério Católico, onde foi acesa a chama pela viúva Edite Raquel de Quadros. Um grupo de 50 cavalarianos conduziu a chama do homenageado, que se juntou à centelha da Chama Crioula do Estado – que vinha sendo guarnecida pela Brigada Militar – e pela Chama da Pátria, guarnecida na Prefeitura Municipal.
Ao lado da chama do homenageado, seguia o cavalo Bamba, o último companheiros de tropeadas de Seu Sinhô, conduzido pelo amigo Beto Pinno.
Na chegada ao CTG, as três centelhas se fundiram e formaram a Chama Crioula de NMT, que vai arder até o final das comemorações – 21 de setembro -, simbolizando o orgulho gaúcho por suas tradições e por sua história.

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